sábado, 1 de dezembro de 2007

Projeto Manoel de Barros



Projeto Manoel de Barros

Disciplinas envolvidas:
Artes - Professora Eillen Lopes
Língua Portuguesa - Professora Rosangela Lima
Informática: Professor Jakes Charles
Turma: 7° ano

Agenda do Projeto:

- Visita a casa do poeta Manoel de Barros (aconteceu no dia 12/09/2007)

Professor Jakes, professora Rosangela e nossos alunos


- Visita da Cia de Artes da UNIDERP em nossa escola (Aconteceu na Mostra Cultural da escola)

Próximos acontecimentos:

- Apresentação do projeto na Feira Cultural da escola (já aconteceu)

A namorada
Manoel de Barros

Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.

Texto extraído do livro "Tratado geral das grandezas do ínfimo", Editora Record - Rio de Janeiro, 2001, pág. 17.


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Atividades 1

METAPOESIA: Expressão poética tendo por objeto a própria poesia ou o exercício poético em si.

Metapoesia: O Nada

O que seria o nada?
Talvez um estranho mundo
Dos contos de fada,
Ou a doce ilusão de uma garota
Que ama, e não é amada.

O céu sem as estrelas,
À noite sem o dia,
A rima sem a poesia,
O amor sem o frio.

A chuva sem a água,
Uma escola sem alunos,
O mundo sem as pessoas,
Dizer que se apaixonou,
Sem estar apaixonada.
Talvez tudo isso seja o nada...

Aluna: Andressa da Silva - 7º ano B
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Metapoesia: Versos do Nada
Naquela noite de frio
A lua envelheceu
Os animais vararam a noite
Em volta do rio.
A mascate virou pedra
E o sapo pulou no rio
E as borboletas voavam
No silêncio da noite.
Rolinha passava
Prateava a lua
A formiguinha feneceu
Em volta do rio.
O urinol velho e enferrujado serviu
de abrigo para um sapo velho que
pulou no rio.
O coração caiu no rio e se
transformou em um rio de nada.
Aluna: Juliana Batista
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Atividades 2

Leia com atenção os fragmentos dos poemas De Manoel de Barros. Faça também uma leitura minuciosa as imagens. Em seguida crie uma releitura com melhores perspectivas modificando as cenas observadas escolha um fragmento para compor seu painel ilustrativo.
O sentido normal das palavras não faz bem ao poema.
Há que se dar um gosto incasto aos termos.
Haver com eles um relacionamento voluptuoso.
Talvez corrompê-los até a quimera.
Escurecer as relações entre os termos em vez de aclará-los.
Não existir mais rei nem regências.Uma certa luxúria com a liberdade convém.

Gravata de urubu não tem cor.
Fincando na sombra um prego ermo, ele nasce.
Luar em cima de casa exorta cachorro.
Em perna de mosca salobra as águas se cristalizam.
Besouros não ocupam asas para andar sobre fezes.
Poeta é um ente que lambe as palavras e depois se alucina.
No osso da fala dos loucos têm lírios.




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